sexta-feira, 22 de junho de 2012

Onde e quando Jesus nasceu?




Perguntemos a Maria de Magdala onde e quando nasceu Jesus, e ela nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia. Foi certa vez, quando a sua voz, tão cheia de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova com a qual até então jamais sonhara.

Perguntemos a Francisco de Assis o que ele sabe sobre o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Ele nasceu no dia em que, na praça de Assis entreguei minha bolsa, minhas roupas e até meu nome para segui-lo incondicionalmente, pois sabia que somente ele é a fonte inesgotável de amor.

Perguntemos a Pedro quando deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no pátio do palácio de Caifas, na noite em que o galo cantou pela terceira vez, no momento em que eu o havia negado. Foi nesse instante minha consciência acordou para a verdadeira vida.

Perguntemos a Paulo de Tarso, quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu na Estrada de Damasco quando, envolvido por intensa luz que me deixou cego, pude ver a figura nobre e serena que me perguntava: "Saulo, Saulo porque me persegue?" E na cegueira passei a enxergar um mundo novo quando eu lhe disse: "Senhor, o que queres que eu faça?!”

Perguntemos a Joana de Cusa onde e quando nasceu Jesus. E ela nos responderá:
- Jesus nasceu no dia em que, amarrada ao poste do circo em Roma, eu ouvi o povo gritar: -"Negue! Negue!" E o soldado com a tocha acesa dizendo: -"Este teu Cristo ensinou-lhe apenas a morrer?" Foi neste instante que, sentindo o fogo subir pelo meu corpo, pude com toda certeza e sinceridade dizer: -"Não me ensinou só isso, Jesus ensinou-me também a amá-lo.”

Perguntemos a Tomé onde e quando nasceu Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu naquele dia inesquecível em que ele me pediu para tocar as suas chagas e me foi dado testemunhar que a morte não tinha poder sobre o filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras: -"Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”

Perguntemos à mulher da Samaria o que ela sabe sobre o nascimento de  Jesus. E ela nos responderá:

- Jesus nasceu junto à fonte de Jacob na tarde em que me pediu de beber e me disse: -"Mulher eu posso te dar a água viva que sacia toda a sede, pois vem do amor de Deus e santifica as criaturas." Naquela tarde soube que Jesus era realmente um profeta de Deus e lhe pedi: "Senhor, dá-me desta água."

Perguntemos a João Batista quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que, chegando ao rio Jordão, pediu-me que o batizasse. E ante a meiguice do seu olhar e a majestade da sua figura pude ouvir a mensagem do Alto: "Este é o meu Filho Amado, no qual pus a minha complacência!" Compreendi que chegara o momento de Ele crescer e eu
diminuir, para a glória de Deus.

Perguntemos a Lázaro onde e quando nasceu Jesus? Ele nos responderá:
- Jesus nasceu em Betânia, na tarde em que visitou o meu túmulo e disse:- "Lázaro! Levanta." Neste momento compreendi finalmente quem Ele era: A Ressurreição e a Vida!

Perguntemos a Judas Iscariotes quando se deu o nascimento de Jesus. Ele nos responderá:
- Jesus nasceu no instante em que eu assistia ao seu julgamento e à sua condenação. Compreendi que Jesus estava acima de todos os tesouros terrenos. Foi naquele instante que percebi a Sua misericórdia e o Seu imenso amor pelas criaturas.

Perguntemos, finalmente, a Maria de Nazaré onde e quando nasceu Jesus, e ela nos responderá:
- Jesus nasceu em Belém, sob as estrelas, que eram focos de luzes guiando os pastores e suas ovelhas ao berço de palha. Foi quando segurei em meus braços pela primeira vez que senti se cumprir a promessa de um novo tempo através daquele Menino que Deus enviara ao mundo, para ensinar aos homens a lei maior do Amor.
                                      
Agora pensemos um pouquinho: E para nós, quando Jesus nasceu? Pensemos mais um pouquinho... E se descobrirmos que ele não nasceu? Então, procuremos urgentemente fazer com que ele nasça um dia destes, porque quando isso acontecer, teremos finalmente entendido o Natal e verdadeiramente encontrado a luz.

sábado, 16 de junho de 2012

Laços eternos

LAÇOS ETERNOS
*Milton Medran
E como é Dia dos Namorados, vale perguntar: será mesmo que existem as tais almas gêmeas? Metades de uma mesma maçã, jogadas no espaço para buscarem uma à outra?
Cara-metade, par ideal, tampa da panela, o outro pé do par de chinelos...Assim a cultura popular tem designado essa figura dos eternos apaixonados. Casais parecendo feitos um para o outro. Muitos deles convivem uma existência inteira. Eternos apaixonados, como nos versos de Guilherme de Almeida: Quando as folhas caírem nos caminhos/Ao sentimentalismo do sol poente/Nós dois iremos vagarosamente,/De braços dados, como dois velhinhos./E que dirá de nós toda essa gente,/Quando passarmos mudos e juntinhos?/ - ”Como se amaram esses coitadinhos!/Como ela vai, como ele vai contente!”.
Amores que duram a vida toda podem ser a continuidade de outras encarnações. Projetos de vida a dois que se cumprem por mais uma existência. Mas, cá para nós: poderá a vida se resumir numa existência a dois? Claro que não. Ela exige muito mais de cada um. É preciso evitar a solidão a dois para que cada ser cumpra sua tarefa em prol do serviço e do amor universais. Amor não pode se transformar em egoísmo, em prisão. Amar não é escravizar. É libertar. É respeitar a individualidade alheia e seu potencial de servir a humanidade.
Cada alma é uma individualidade. Um não é metade de outro. Há espíritos com profundos laços de afinidade que se reencontram em diferentes encarnações. Mas, um e outro são almas com um rol de tarefas a cumprir no Planeta. Nossos verdadeiros laços eternos são com o Universo e não com um ser em particular. Por mais que o amemos.
*Milton Rubens Medran Moreira é advogado, jornalista e Presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre - RS

domingo, 10 de junho de 2012

Reflexão

"O Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Unicamente a datar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades."
Allan Kardec
1804-1869
in A GÊNESE, cap VI, item 19